Ajudante de suicida

quarta-feira, agosto 18, 2004

Frase do dia

"Os pais SEMPRE estão certo mesmo que estejam errados"

Meu pai

sábado, agosto 14, 2004

Instruções básicas para meu ajudante

Nº 1: PÁRA DE GRITAR NO MEU OUVIDO. Não sei se você sabe, meu caro ajudante, mas no texto, escrever em caixa-alta ou, no caso, com essas letras gigantes, é equivalente a berrar para o seu interlocutor. Como calejar os ouvidos não faz parte da minha lista de práticas de auto-punição, pode parar com isso.

Nº 2: como estava escrito nas linhas pequenas do meu convite para te incluir nesse blog, eu não tenho a obrigação de replicar as bobagens que você fala, me reservando inclusive ao direito de responder tacitamente: vai cagar. Mas desta vez vou me explicar. Siga a instrução nº 3.

Nº 3: Vou te revelar uma coisa só porque você é meu ajudante. É que Felipe Mateus, na realidade, é meu alter-ego. Sim, é verdade. É o cara que mora do outro lado do espelho. E você sabe que ele é o maior playboizinho.

Nº 4: vou passar o fim de semana em crise, lustrando os instrumentos cirúrgicos da minha maleta médica.

Aguarde mais instruções menino pueril.



terça-feira, agosto 03, 2004

FRASE DO DIA

"Transe com a vida. Se ela não quiser, estrúpe-a!"

Uma grande lição: não se chega à sabedoria sem banho tomado

Da sexta série eu me lembro pouca coisa. Aliás, eu nem sei bem se o que vou contar aconteceu mesmo nas sexta. Talvez eu sofra de algum tipo de amnésia infantil. Não tenho certeza. Uma das coisas que me recordo é que estudei com duas meninas. Um dia elas pegaram meu caderno e se puseram a escrever coisas bobas nele. Naquele tempo se podia achar graça de frases chistosas como uma que dizia “diarréia são lágrimas de um cú apaixonado”. Eu achei essa bem estúpida, principalmente por ter esse “cú” no meio. E a outra (foram só duas) também, pelo menos até relê-la anos depois. Era a que dizia “transe com a vida. Se ela não quiser, estrúpe-a!”. Depois de muito é que compreendi que ela era um pouco mais do que apenas uma frase mezzo-punk de rebeldia, que dizia mais ou menos para se foder com tudo em último caso. Exagerando, pode-se considerar que ela chega a ter até aquela certa profundidade encontrada em algumas coisas simples. Se não isso, algum romantismo ingênuo e uma doce inconseqüência que se deixa para trás depois da adolescência.
É estranho como que de cada pessoa que se conhece se leva alguma coisa. Dessas duas meninas não guardei nem o nome, como é comum acontecer com as pessoas que perdem rapidamente a importância. Com outras se pode ainda se lembrar de como chamam, mas é só. Depois de um tempo eles voltam a ser desconhecidas. Acho que eu conservei esta frase na memória por ainda não tê-la aprendido, ou já, mas a tê-la esquecido. Para mim ela quer dizer: agüente a barra, viva o melhor que puder, mas não deixe que os outros te esmaguem. Pois é isso que acontece quando você vai contra a multidão. Às vezes é preciso encontrar um meio termo. Como o Sidartha no filme do Pequeno Buda. Depois de viver um tempo com aqueles eremitas que não tomavam banho e viviam na floresta, ele viu um cara numa jangada que alertava ao filho (acho) que se puxasse a corda demais, ela arrebentaria, mas se soltasse demais, ela ficaria muito frouxa. Mais do que qualquer um, acho que isso soa piegas e idiota, mas tudo bem. Talvez sirva para alguma coisa.
A partir de hoje, esporadicamente ou não, eu vou deixar uma frase aqui. Vou me esforçar para que as próximas não sejam tão pueris ou prosaicas. Para hoje, repito a que já disse.

domingo, agosto 01, 2004

Balanço precoce da atual situação do autor

Eu estava lendo o último post (afinal, alguém tem que fazê-lo, ainda que seja eu mesmo) e parece que este blog, antes de ter se tornado metalinguístico, de 2 segundos para cá, não vai bem. Me transformei melodramaticamente numa paródia de mim mesmo. Nem mesmo o nome com que assino faz referência a nenhum psicótico histórico nem alude a qualquer profissão temática como legista ou magarefe. Isso vai mudar.